Produtores e disseminadores de Fake News
Os ambientes digitais aqui mencionados distorcem notícias, produzem e disseminam fake news.
Facebook é uma rede social desenvolvida por Mark Zuckeberg em 2004, como uma rede para os alunos da faculdade de Harvard. Com sua liberação para o público mundial ela se tomou uma das maiores e mais influentes redes sociais do mundo. A empresa hoje é um mecanismos central nas discussões sobre fake news, devido a sua imensa participação indireta na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016. A facilidade de compartilhar informações para um grande número de pessoas de forma rápida e sem real, somado ao costume de grande parte dos usuários de ler apenas o que lhe é oferecido na “time line” sem o questionamento das fontes, fez do Facebook uma plataforma ideal para o compartilhamento de notícias falsas. Sendo alvo de controvérsias e seguindo o movimento atual da web, a empresa tem desenvolvido projetos de fact-checking, como forma de combater a crescente disseminação de notícias falsas.
Twitter é uma rede social criada em 2006 por Jack Dorsey, Noah Glass, Biz Stone e Evan Williams. Ela oferece aos usuários uma plataforma de microblogging, onde podem compartilhar informações para um público livre ou restrito à sua escolha. Inicialmente cada tweet tinha um limite de 140 caracteres, limite esse que foi dobrado em 2017, essa limitação incentiva uma forma de comunicação mais dinâmica que quer informar o máximo possível com o mínimo de conteúdo. Por proporcionar um espaço em que as pessoas podem se expressar rapidamente e para um grande número de pessoas, a plataforma se popularizou e tornou-se uma das maiores redes sociais do mundo, essas características fizeram do Twitter um meio de compartilhamento de notícias em tempo real. Assim como o Facebook, essa facilidade e rapidez do compartilhamento de informações se mostrou uma excelente ferramenta de disseminação de fake news, usando os hábitos dos usuários de apenas lerem a chamada das notícias e um breve resumo, é possível elaborar uma notícia que passe a sensação de veracidade e caso seja compartilhada por uma página que tem um mínimo de credibilidade, geralmente definido pela quantidade de seguidores, muitos usuários também compartilharam e contribuem para a disseminação da desinformação.
WhatsApp Messenger é um aplicativo de compartilhamento de mensagens de texto, vídeos, imagens, áudios e documentos. Ele também permite ligações de áudio e vídeo entre usuários. Foi criado em 2009 por Brian Acton e Jan Koum. Desde sua criação foram implementadas as mais variadas melhorias para possibilitar a comunicação entre usuários, seja de forma textual ou audiovisual. O aplicativo também oferece a possibilidade de criação de grupos para que um determinado número de pessoas possa a conversar entre si em tempo real. Diferente das redes sociais, o WhatsApp pode ser visto como um disseminador de notícias falsas mais “agressivo”, por possibilitar o encaminhamento de mensagens de veracidade duvidosa diretamente para outros usuários e grupos. As mais costumeiras fake news encontradas no WhatsApp são correntes de caráter imediatista, que são mensagens sem fontes que fazem suposições sem auditoria e frisam a necessidade do compartilhamento extenso como forma de conscientização e serviço público.
Sites que produzem fake news como forma de humor
O site Sensacionalista foi fundado em 2009 como uma forma de satirizar as notícias do jornalismo brasileiro, apresentando notícias fictícias, normalmente baseadas em acontecimentos reais. Devido a natureza das redes sociais, do compartilhamento rápido, o título “clickbait” das chamadas para as notícias e a necessidade de compartilhar a informação em primeiro lugar sem a checagem das fontes, faz com que alguns leitores tratem as notícias desse portal de humor como verdade. As notícias produzidas pelo sensacionalismos são compartilhadas sem que o internauta perceba que é uma sátira.
The Onion apresenta de forma satírica, notícias com aspectos reais. Suas notícias e em seu conteúdo que em uma leitura superficial pode passar a impressão de veracidade e confiabilidade, mas é só piada. Seu humor em geral se apresenta como uma demonstração de situações mundanas e eventos cotidianos de uma forma surreal ou alarmante, o que diverte os leitores. Entretanto, há quem leia superficialmente esses artigos nas redes sociais e os compartilhe como verdade.